sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Considerações sobre coisas sem muita importância.

Faltam 4 dias. Sei que o que me aguarda não será fácil de ser enfrentado e não sei muito bem como irei reagir à tudo. Quando soube a verdade, estremeci, gelei, adoeci (de novo), enjoei (de novo). Senti aquela velha dor que pensava ter acabado. Doeu muito. Ainda dói. É tão sério, que cada vez que penso no assunto, ou me lembro de alguma coisa que esteja relacionada à isso de qualquer forma que seja, por mais leve, sutil, que seja a referência, sinto uma dor aguda no meio do peito, como se um buraco se abrisse ou como se alguém enfiasse as mãos numa ferida do meu peito e esfregasse ali com força, pra arrancar alguma coisa. Depois da dor, vieram os enjôos. Não consigo pensar nisso sem me sentir enjoada, doente, meio morta até. Eu vi que o tempo pra mim parou. Nada existiu durante esse ano todo. Talvez por isso eu tenha ficado em choque. Os dias se passaram desde que recebi a notícia que me abalou as frágeis estruturas. Agora, consigo pensar no problema sem morrer um pouquinho. Se estou mais forte agora? Não, não, longe disso. Só estou cansada mesmo. É, cansada. Não tenho forças pra gastar com essas minhas pequenas mortes. Não posso perder muito tempo com coisas dolorosas. Se elas ainda me doem? Claro! Acho que isso nunca vai mudar. Normalmente meus sentimentos demoram muito tempo pra mudar. Não posso dizer que esqueci. Sei que nunca vou esquecer. Não é simplesemente uma questão de ter ou não ter superado. O problema é que eu sempre esperei que acontecesse. Imaginava como seria e que isso iria estourar em cima de mim qualquer hora dessas. Mas não contava que seria agora. Pior, não contava que teria que conviver com isso assim, tão de perto. Uma coisa é ter conhecimento de um fato. Outra coisa é viver com os acontecimentos rolando ali, no quarto ao lado. E isso estava me atormentando. Pensar na realidade que me aguarda ali, dura e fria, estava me enlouquecendo. Até que hoje, mais uma vez, resolvi mandar tudo pro inferno. Ah, por favor. Não estou em condições físicas e psicológicas pra me desgastar com fatos consumados. Não vai resolver minha vida se ficar remoendo as sacanagens alheias. Faço melhor cuidando mais da minha vida. Quero me divertir a pesar das circunstâncias. Quero viver o melhor que puder ali. Eu sei que no início não vou conseguir isso, não vou mentir pra mim. Vai ser difícil ver tudo acontecer bem na minha frente, sofrer por isso (imaginando já é difícil, quem dirá como será ver pessoalmente) e não poder fazer nada. Mas logo as coisas vão se ajeitar. Ultimamente não estou demorando pra mandar quem merece pro inferno. E com passagem só de ida que é pra não ter o risco de um retorno desagradável. Vou chorar quando sentir vontade. Vou ficar triste quando precisar. Isso é direito meu. Vou tomar alguns porres pra que as emoções desçam melhor. E quando eu estiver de saco cheio de tudo, viro a mesa e mando tudo, tudo mesmo, pro inferno. Dane-se o mundo! Eu quero mais é me divertir. Ganho mais com isso. Vou fazer tudo que tiver vontade. Não tenho a obrigação de ser amiga de ninguém. Respeito todo mundo então espero que respeitem o meu deireito de nao querer aproximações e de me manter em silêncio. Se não respeitrem, foda-se isso. Não quero me aborrecer mais. Já me aborreci o suficiente pra uma vida inteira por causa disso. Não quero estragar momentos que tem tudo pra me trazer felidade. Não quero magoar ninguém, mas quero menos ainda sair magoada dessa história mais do que já fui. O problema é que sem querer, estou magoando alguém que não merece. Mas isso é outra história e sobre ela falo depois.

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