domingo, 2 de agosto de 2009

MENTE FÉRTIL

Minha mente pode tranquilamente ser chamada de “o fantástico mundo de Nathy”, tamanha é a fertilidade. Basta uma ideiazinha passar pela frente e todo um mundo fantasioso é criado. Chego a sonhar acordada! Ridículo... Penso nos detalhes de coisas que sei que nunca irão se concretizar, vejo as cenas todas e sinto que aquilo está acontecendo, quando na verdade nunca chegou/chegará a ser.

Tá, sei que isso não é normal pra uma pessoa com a minha idade, mas é assim que acontece comigo. Ridículo 2...

O cúmulo do absurdo foi no dia do meu aniversário. Sabia que não havia possibilidade de acontecer, mas passei algumas horas na expectativa de encontrar umas pessoas que não vejo mais há muito tempo e que talvez já nem lembrem mais de mim. Tudo isso porque, pra variar, essas pessoa não deram sinal de vida e uma amiga disse que iria me levar pra sair, pra comemorar meu aniversário, querendo eu ou não.

Detalhe: minha amiga não conhece as tais pessoas que eu esperava. Mas, na minha cabecinha doente, minha amiga iria proporcionar o encontro... eu podia ver a cena: eu chegando no bar com ela e... SURPRESA!!!!!! Todos lá me esperando! Tudo lindo, tudo maravilhoso – só na minha cabeça.

O pior é que eu sabia o tempo todo das impossibilidades dessa história mas, mesmo assim, ainda quis imaginar que seria diferente. Aliás, não só imaginei como esperei isso.

Claro que nada aconteceu! Poxa, era meu aniversário e eu tinha um desejo bem grande de que essas pessoas que eu esperei lembrassem disso e pelo menos mandassem um “oi”, pra mostrar que não me esqueceram.

Por causa disso fiquei pensando sobre qual seria o motivo pra eu fazer isso comigo. Existe prazer no sofrimento? Porque isso foi um sofrimento – imaginar uma situação inexistente e esperar por ela, sabendo qual seria o desfecho é no mínimo gostar de sofrer. Ou seria apenas infantilidade? Talvez fosse falta do que fazer. Existem muitas possibilidades aí.

De qualquer forma, odiei a sensação que veio depois de ver que nada aconteceu. Não quero mais me sentir assim. O pior é que geralmente, na maior parte do tempo, procuro manter os pés no chão. Mas não foi o que aconteceu nesse dia. Me deixei levar por um devaneio e criei expectativas em cima daquilo que não existia. Tomara que na próxima vez eu seja mais esperta e não deixe a mente voando por aí, sozinha e sem rumo. Assim talvez evite frustrações desnecessárias. É isso.

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