sábado, 12 de fevereiro de 2011

horário de verão.

Maldito horário de verão. Não fiz nada da minha vida durante o dia inteiro (a não ser trabalhar) e quando percebi, já eram nove e meia da noite. O início do ano é sempre complicado. Volto das férias muito mal acostumada com os horários, noites e dias, tão diferentes da minha rotina do resto do ano. Não tenho hora pra nada, comer, dormir, acordar, tudo acontece espontaneamente, é uma liberdade imensa. Quando a vida boa acaba, tenho que retomar minha velha rotina de fazer tudo sempre igual, levantar às seis horas da manhã, correr pra não perder o ônibus e encarar duas turmas lotadas por dia. No horário normal é mais fácil lidar com o cotidiano. Pelo menos eu tenho a impressão de que as coisas estão nos seus devidos lugares. É dia durante o dia e é noite durante a noite. Com o horário de verão, esses fenômenos são bruscamente alterados: o dia começa na total escuridão e a noite começa com muito sol, luz e calor. É difícil dormir ou acordar com essa confusão no tempo. Penso que esse seja o motivo pelo qual inícios e finais de ano sejam tão difíceis pra mim. Eu acabo ficando cansada demais por não conseguir me adaptar satisfatoriamente às mudanças nos horários. O que mais me deixa indignada é não ver a tão divulgada economia. Eu sempre vejo o contrário: gastamos muito mais energia (elétrica, física e emocional) durante o horário de verão. E ainda tem a sensação de tempo perdido. O dia é muito longo, pra uma noite que acaba sendo muito curta. De qualquer forma, é algo do qual não se pode fugir. Anualmente, durante quatro longos meses, ele chega alterando os ciclos. Agora ele está na iminência da partida, pra minha felicidade. Não vai deixar a mínima saudade. Sinto que as coisas vão entrar em ordem, pelo menos no que diz respeito ao tempo. Espero conseguir produzir mais e, quem sabe, recuperar as horas perdidas nos últimos meses. Pelo menos até que o maldito horário de verão resolva voltar, pra bagunçar os meus dias.

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