segunda-feira, 13 de julho de 2009

THE LONG AND WINDING ROAD

Ontem vasculhava meus emails. Sempre faço isso, pra manter tudo em ordem, ver se ficou algum sem ser lido ou respondido, se for o caso. Resolvi olhar também o que eu vinha enviando. Encontrei emails bem interessantes, como algumas conversas despretensiosas com amigos e até com pessoas que eu nem conheço. Em outro momento explico isso rsrs. Bem, olhei tudo e, como não poderia deixar de ser, encontrei meus emails romântico-apaixonados. Putz! Não acredito que eu, logo eu, escrevi aquelas bobagens todas! Definitivamente, não podia ter sido eu. Mas fui eu sim. Eu. Logo eu. Justo eu. Que mico! Me conforta pensar na possibilidade de que alguns desses emails romântico-pateta-apaixonados bregas sequer tenham sido lidos. Alguém pode ler isso e pensar que é mais um dos meus muitos dramas. Ok, ok, admito, reconheço: sou a pessoa mais dramática do planeta! E exagerada, eu sei, eu sei... mas, veja bem (cara pessoa que talvez me leia alguma vez na vida), eu cheguei ao cúmulo de enviar musiquinhas bonitinhas nos emails. Sim, eu fiz isso. Tá, eu sei que estava apaixonada e tals, mas poxa, enviar músicas pra pessoas que não tinham nenhum envolvimento afetivo comigo, foi no mínimo ridículobrega, muito brega. Mas, tudo bem. Águas passadas. De qualquer forma, pelo menos uma das músicas valia a pena enviar, essa fazia o mico ser menor e faz eu me sentir menos pateta brega. me refiro a THE LONG AND WINDING ROAD, a música mais linda que uma pessoa poderia fazer. Comecei a gostar de Paul McCartney por causa dela. Tá, é triste, mas ainda é a música perfeita nunca mais ele faz outra tão boa. Uma pena ter sido exatamente essa música a gota d’água pra separação dos Beatles. Engraçado como certas coisas começam de uma forma tão perfeita, como foi o caso deles. Três gênios (Paul McCartney, John Lennon e George Harrison - não falo de Ringo porque ele não era tão genial quanto os outros, o que não significa que ele fosse ruim) não só nasceram na mesma época, como se tornaram amigos, tocaram juntos na mesma banda e escreveram músicas que marcaram o século XXI (e os próximos que virão). Era tudo muito perfeito. Mas tudo nessa vida tem um limite e tanta genialidade reunida não poderia durar tanto. Entre tantos outros desentendimentos, The Long and Winding Road foi o que faltava pra que o grupo acabasse definitivamente. Paul queria gravar a música de forma que ficasse o mais simples possível, bem acústica, sem muitos efeitos. John queria usar todos os recursos disponíveis. A gravação original acabou saindo com um coral de, se não engano, umas vinte pessoas, harpa e mais um monte de enfeites. No fim das contas não foi feita a vontade de nenhum dos dois e eles não se entenderam mais. Não poderia ser de outra forma: o que começou por coincidências perfeitas só poderia acabar com uma música perfeita. E ainda bem que existem músicas perfeitas. Afinal, as melhores bandas de rock do mundo e os amores imperfeitos passam, mas as músicas perfeitas são pra sempre.


The long and winding road
That leads to your door
Will never disappear
I've seen that road before
It always leads me here
Lead me to you door

The wild and windy night
That the rain washed away
Has left a pool of tears
Crying for the day
Why leave me standing here
Let me know the way

Many times I've been alone
And many times I've cried
Any way you'll never know
The many ways I've tried

But still they lead me back
To the long winding road
You left me standing here
A long long time ago
Don't leave me waiting here
Lead me to your door

But still they lead me back
To the long winding road
You left me standing here
A long long time ago
Don't leave me waiting here
Lead me to your door
Yeah, yeah, yeah, yeah


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